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Artrite Reumatoide

PUBLICADO 20/05/2021 ÚLTIMA ALTERAÇÃO 20/05/2021 AUTOR Dr. Fábio Costa

Doença de origem crônica e autoimune, a artrite reumatoide destrói de forma progressiva a membrana que reveste as articulações. Essa doença atinge cerca de 2 milhões de brasileiros e pode levar à incapacidade e até à morte.

A Atrite Reumatoide não possui causas definidas, atinge primeiro as articulações das mãos e dos punhos, mas a evolução do quadro pode causar deformidades maiores, alcançando articulações mais centrais como cotovelos, ombros, tornozelos, quadris, joelhos, podendo até comprometer a estrutura das articulações como ossos, tendões, ligamentos e músculos.

Segundo pesquisas, a mulheres com idades entre 30 e 50 anos têm mais chances de desenvolver artrite do que homens. Médicos especialistas reforçam que, embora não haja cura para essa doença, é possível tratar e ter uma qualidade de vida melhor.

Uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, revelou que pacientes diagnosticados com artrite reumatoide (AR) morrem mais cedo, do que a população saudável.

O estudo canadense comparou 87 mil pessoas diagnosticadas com a doença, com 340 mil indivíduos da população saudável, todas da cidade de Ontário, ao longo de 13 anos. No período, 14% das pessoas com artrite reumatoide morreram, enquanto a mortalidade foi de 9% no segundo grupo. O objetivo desse estudo foi alertar médicos e pacientes sobre a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de cuidados mais completos com quem tem a doença.

Sintomas e diagnóstico da Artrite Reumatoide

As articulações inflamadas causam rigidez, fadiga e com o avanço da doença, há destruição da cartilagem articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para a realização de suas atividades tanto de vida diária, como profissional.

Pacientes com a doença apresentam os seguintes sintomas:

-Dor;

-Inchaço;

-Calor;

-Vermelhidão.

O diagnóstico da Artrite Reumatoide depende da associação de vários sintomas e sinais clínicos, achados laboratoriais e radiográficos.

Portanto, caso você sinta dores, inchaços e inflamações nas articulações de qualquer parte do corpo que perduram por mais de seis semanas, marque uma consulta com o médico. Esse profissional conseguirá analisar a situação e indicar os melhores exames.

Se a artrite reumatoide for confirmada, a boa notícia é que os medicamentos evoluíram e estão cada vez mais seguros e efetivos. Ou seja, dá pra evitar a limitação dos movimentos, a deformação das juntas e entre outros.

Yoga e Artrite Reumatoide

Um estudo do Instituto de Ciências Médicas da Índia realizado com 72 voluntários, apontou que 120 minutos semanais de atividade físicamelhoram níveis inflamatórios em pacientes já submetidos ao tratamento medicamentoso para a artrite. Os cientistas envolvidos na pesquisa identificaram que a pratica da ioga tem o poder de diminuir significativamente a gravidade dos sintomas físicos e psicológicos da doença inflamatória crônica.

Os cientistas identificaram também, que os voluntários que combinaram o tratamento tradicional com a ioga intensiva, apresentaram melhora na saúde psicológica, ficando mais dispostos e capazes de realizar tarefas diárias.

Artrite Reumatoide e o Cérebro

Pesquisadores do Michigan Medicine (EUA) descobriram que a inflamação causada pela artrite reumatoide atinge articulações e também o cérebro. Ao analisar imagens de 264 áreas cerebrais de 54 pacientes, a equipe identificou padrões de conectividade funcional aumentados no início da pesquisa e seis meses depois, o que não é comum em exames do tipo.

Para os pesquisadores, o fenômeno pode explicar por que, mesmo com o avanço no tratamento medicamentoso, pacientes ainda enfrentam problemas como disfunção de humor e outras complicações psicológicas. As vias inflamatórias identificadas poderão ser exploradas em novas pesquisas em busca de terapias mais eficazes. O estudo foi publicado, em junho de 2018, na Nature Communications.

Tratamento da Artrite Reumatoide

O tratamento é medicamentoso e vai variar de acordo com o estágio da doença, sua atividade e gravidade. Fisioterapia e terapia ocupacionalcontribuem para que o paciente possa continuar a exercer as atividades da vida diária. O condicionamento físico, envolvendo atividade aeróbica, exercícios, alongamento e relaxamento, deve ser estimulado, observando-se os critérios de tolerância de cada paciente.

A cartilagem desgastada não pode ser substituída ou reposta, assim, o uso de medicamentos é apenas uma parte do tratamento, que deve incluir as seguintes medidas:

– Perda de peso;

– Fortalecimento global da musculatura;

– Fisioterapia, principalmente com uso da hidroterapia;

– Acupuntura no combate da dor.

* Aviso importante: Somente médicos, devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.

Com informações dos sites: globo esporte. Com, estadão, agência Brasil,Saúde Abril e Correio Braziliense.

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